Isquemia cerebral: o que é necessário o estudante saber?

Isquemia cerebral: o que é necessário o estudante saber?

Os temas da neurologia geralmente são tidos como complexos, muito em função das metodologias inadequadas de ensino que essa matéria recebe durante a escola médica. Por isso mesmo, vários acadêmicos e profissionais não compreendem ao certo o que é a isquemia cerebral e o que é necessário o estudante saber sobre ela.

O fato é que essa é uma afecção potencialmente grave e extremamente comum nas emergências e hospitais de todo o mundo, o que implica que o plantonista deva, necessariamente, saber identificar, abordar e tratar esse paciente. Confira a seguir um pouco mais sobre o assunto.

O que é a isquemia cerebral?

A isquemia cerebral é um nome popular para o AVC isquêmico, que é o tipo mais frequente de acidente vascular cerebral, correspondendo a cerca de 80% dos casos. Como se não bastasse, esse tipo de afecção é a maior responsável pela mortalidade e pela presença de sequelas neurológicas no Brasil e no mundo.

A isquemia cerebral pode ocorrer em qualquer momento, mesmo durante o sono ou na prática de atividades físicas. No entanto, existem alguns fatores que geram uma predisposição maior e esse mal é prevalente em pessoas com mais idade, diabéticos, indivíduos com aterosclerose e pacientes com anemia falciforme.

O que é necessário saber sobre isquemia cerebral?

Primeiramente, como dissemos, a isquemia cerebral está entre as principais causas de morte e sequelas no mundo inteiro e, por isso mesmo, é fundamental que os médicos saibam abordar esse problema, independentemente da sua área de atuação. Porém, os saberes da neurologia e seus temas não costumam ser adequadamente abordados durante a faculdade.

O chamado AVC isquêmico ocorre quando há uma diminuição ou a ausência de fluxo sanguíneo para o cérebro, reduzindo, dessa maneira, as quantidades de oxigênio que chegam a esse órgão, caracterizando uma hipóxia cerebral. Esse quadro pode causar graves implicações e até mesmo a morte desse paciente, caso não seja abordado imediatamente.

Basicamente, existem dois tipos de isquemia cerebral. O primeiro é a isquemia focal, na qual um coágulo obstrui um vaso e reduz a passagem do sangue para o cérebro, causando a morte das células dessa região. Também existe a isquemia global, na qual há o comprometimento de toda a irrigação, causando danos potencialmente mais severos.

Se a isquemia for reconhecida rapidamente pelo médico que está recebendo esse paciente, é possível fazer uma diferença muito grande no prognostico desse indivíduo. O quadro deve ser enquadrado em graus de gravidade, para que se determine os procedimentos imediatos para preservar a vida e os tecidos cerebrais.

Um bom exemplo são as pessoas que podem ter tido apenas o chamado ataque isquêmico transitório, que mimetiza uma isquemia cerebral, mas não se consolida. Assim sendo, saber identificar e diferenciar as enfermidades é importantíssimo, já que as condutas são completamente díspares.

Quais são as causas da isquemia cerebral?

As causas de uma isquemia cerebral são diversas, mas a principal delas é, sem sombra de dúvidas, a doença ateromatosa, que é o acúmulo de placas de ateroma nos vasos, potencialmente piorado pela hipertensão arterial, pelo diabetes e pelas chamadas dislipidemias, que são os descontroles das taxas de gordura no sangue.

Vale dizer que pessoas com problemas de coagulação são um grupo de risco, assim como quem tem anemia falciforme também possui mais chances de sofrer isquemia cerebral, uma vez que a forma alterada das hemácias atrapalha o transporte adequado de oxigênio para os tecidos cerebrais.

Além disso, o histórico familiar é bastante determinante para que os pacientes sofram da doença, uma vez que parentes diretos que sofreram do problema são um forte indicativo de alto risco para esse indivíduo. Por fim, o estilo de vida e os hábitos alimentares completam essa equação.

Como os sintomas podem se manifestar?

O acidente vascular cerebral isquêmico, em linhas gerais, se manifesta sempre com a perda súbita das funções neurológicas. Por isso, é fundamental que acadêmicos e médicos dominem esse tema para, consequentemente, saberem como reconhecer qualquer alteração importante nos seus pacientes.

Os sintomas podem durar desde segundos até períodos mais longos e incluem, por exemplo, a sensação de tontura ou vertigem, diminuição de força em braços e pernas (uni ou bilateral), parestesia, dificuldades na fala, desvio de comissura, dores de cabeça, náuseas e vômitos, pressão arterial elevada, falta de coordenação motora e perda de consciência.

Como é realizado o diagnóstico?

A principal ferramenta diagnóstica nesses casos deve ser, evidentemente, o conhecimento médico. Na maior parte das vezes, o acadêmico de medicina ou o médico suspeitará da isquemia cerebral diante de um paciente que apresente uma perda súbita de uma função neurológica, como os sintomas supracitados.

Além da suspeita clínica, há também o exame físico do doente e os exames complementares, que podem confirmar a suspeita inicial. Os mais comuns são a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, a angiorressonância de crânio, o Doppler transcraniano e a ultrassonografia das carótidas e vertebrais. De acordo com as especificidades de cada caso, outros exames podem ser solicitados.

Quais as consequências e possibilidades de tratamento?

Como falamos, as consequências para uma isquemia cerebral podem ser extremamente graves e, por isso mesmo, é fundamental que a abordagem do médico seja precisa e imediata. Entre as sequelas mais comuns, estão perdas permanentes em funções neurológicas, como dificuldades na deambulação ou na fala, por exemplo.

Os tratamentos devem ser determinados de acordo localização, a extensão da isquemia e a acessibilidade do vaso afetado. A depender desses fatores, a conduta deve ser estabelecida. Nos últimos anos, há melhores perspectivas por conta da trombectomia, um procedimento no qual o coágulo é removido, poupando células sadias.

Como podemos perceber, compreender os princípios da isquêmica cerebral e como abordar essa afecção é fundamental para quem deseja atuar na medicina e também pode ser um belo diferencial para quem deseja se diferenciar no mercado, uma vez que as faculdades não costumam ser muito didáticas sobre os temas da neurologia no cotidiano.

Estudar e fazer um curso na área da saúde pode ser de grande valia para apender, por meio de uma linguagem mais acessível, a correta abordagem aos aspectos de interesse prático e imediato para esses profissionais.

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